Vem aí a Lazul … Brincadeiras à parte, esta semana o Banco de Investimentos Bradesco BBI divulgou uma nota em relação ao grupo Latam.
Neste comunicado analistas financeiros deram um parecer sobre os problemas financeiros vividos pela empresa nos últimos dias, algo que se agravou com os efeitos que a pandemia causou ao setor aéreo em geral.
Uma solução interessante para a Latam Brasil, seria a sua venda para a Azul Linhas aéreas.
Mas dificilmente veremos uma Lazul por aí. As companhias aéreas podem até incorporar parte dos seus negócios, mas uma fusão completa não deve agradar os acionistas.
Outro ponto que trás dificuldades para essa fusão, seria o fato da Latam Brasil estar em processo de recuperação judicial, onde a Azul deveria assumir os riscos da nova empresa.
Business
A BBI informou que uma solução bem provável seja reunir R$ 10 bilhões e comprar a Latam Brasil, emitindo cerca de 430 milhões de ações com um preço em torno de R$ 23.
Só assim o fundador da Azul, David Neeleman, continuaria com 67% das ações e teria o comando e boa gestão que vem fazendo nos últimos anos.
Latam Brasil não vem apresentando bom desempenho
A fusão da LAN e TAM, que por sinal está prestes a completar 10 anos, criou o maior grupo aéreo da América Latina, mas no Brasil especificamente os anos mostraram que o setor vem sendo mais favorável para a Gol e Azul, seus principais concorrentes.
Um dos erros foi mudar o foco para viajantes mais exigentes, perdendo espaço para preços populares da Gol e Azul, que acabaram “abraçando” grande fatia do mercado brasileiro.
Ficar no Brasil é uma estratégia de ouro
Ninguém quer perder a grande fatia que o Brasil oferece para as companhias aéreas, nem mesmo o Grupo Latam.
Mesmo com os problemas no país, ficar por aqui de alguma forma seria interessante e a possibilidade de venda, passando parte das responsabilidades pode ser muito interessante.
Depois de uma provável venda, o grupo Latam poderia explorar o compartilhamento de voos entre elas.
Estima-se que somente o arrendamento das aeronaves já seria suficiente para arrecadar 10 bilhões de reais para o grupo.
Delta e United na jogada
As parceiras administrativas da Azul e Latam, a Delta e United, também devem colocar na negociação as suas exigências. Pode ser que isso afete o antitruste e seja necessário que Neeleman fique como minoritário na empresa.
Outro ponto que não agradaria aos parceiros é o fato das dívidas líquidas somarem neste ano mais de US$ 13 bilhões.
Por isso que uma fusão seria pouco provável.
Algo que agradaria a todos seria uma reestruturação na Latam Brasil, independente da venda ou não para a Azul.
O que é preciso levar em consideração
Uma futura negociação entre ambas as companhias aéreas precisa trazer vantagens para ambas, principalmente para a Azul, que até então vem crescendo todos os anos e estaria assumindo o risco da Latam Brasil.
Outro ponto é a Latam continuar suas operações na Colômbia, Peru, Chile, Equador, Paraguai, Uruguai e outros mercados latinos, inclusive o próprio Brasil.
Até que ponto isso trás vantagens para a Azul?
O certo é que um possível fim da Latam no mercado nacional, diminuiria a concorrência e a tendência é que o preço das passagens aéreas subam uma grande porcentagem.
O mais interessante para este caso seria o compartilhamento de voos entre Azul e Latam, gerando uma forte concorrência para a Gol e por consequência equilibrando os preços dos voos por aqui.
Relatório Bradesco sobre fusão da Latam e Azul
Para quem quiser conhecer todos os detalhes do relatório oficial do Bradesco sobre uma possível fusão da Latam Brasil e Azul, acesse: