A Gol Linhas Aéreas está retomando parte de suas atividades após o “lockdown” de voos em decorrência da crise do coronavírus.
Nesta terça-feira (09/06) a Gol atualizou seus investidores sobre os últimos resultados financeiros da empresa.
A informação é bem animadora, onde desde o início de maio, a posição de liquidez foi melhorada em mais 12 meses com reservas de caixa, onde o modelo flexível da frota e os custos menores de suas operações permitiram ajustes mais rápidos nas finanças da empresa.
Paulo Kakinoff, presidente da Gol, informou que a expectativa é crescer em meio a crise e não apenas superar as adversidades que a pandemia causou ao setor aéreo.
Vendas e Finanças GOL
A empresa vendeu em maio 105% mais bilhetes em relação ao mês anterior. A receita com passageiros aumentou 22% apenas com a reinclusão de alguns voos na última semana do mês cinco.
Em média as vendas vem crescendo mais de 20% a cada 7 dias. Esses resultados estão ocorrendo nas últimas três semanas e a expectativa é que com o retorno de outros voos esses números aumentem ainda mais.
Em maio a GOL estava voando com 13 aeronaves, um total de 7% da capacidade total. Em junho a empresa pretende chegar a 20% da capacidade com a utilização de 27 aviões.
Até o dia 31 de maio a Gol tinha em caixa R$ 3,5 bilhões, o que segundo a diretoria deve garantir ao menos mais 12 meses do pagamento de despesas.
Cinco novas bases devem voltar as operações
Como citado, a Gol pretende até o fim de junho colocar 27 aviões para realizar seus voos. E para alcançar estes objetivos, cinco bases devem ser reutilizadas nas operações.
As bases de Ilhéus, Porto Seguro, Petrolina, Chapecó e Juazeiro do Norte devem fazer parte das operações.
A companhia também pretende incluir novos voos adicionais com saídas em Congonhas (São Paulo, CGH), para nove aeroportos nacionais. Sendo eles:
- Porto Alegre (POA);
- Confins (CNF);
- Curitiba (CWB);
- Navegantes (NVT);
- Florianópolis (FLN);
- Salvador (SSA);
- Recife (REC);
- E Rio de Janeiro, tanto para Santos Dumont (SDU) como para o Galeão (GIG).
Redução da frota geral
A companhia pretende reduzir a sua frota geral para readequar melhor a oferta e demanda nacional esperada para o período pós-crise.
Ela deve se desfazer de cerca de 20 aviões, arredondando a frota total para 100 aeronaves.
Segundo o vice-presidente de Operações da GOL, Celso Ferrer, o gerenciamento da capacidade será o diferencial competitivo no mercado, mantendo o estilo conservador da empresa diante da concorrência.
Voos na madrugada – O guia definitivo!
Até o momento a Gol já vendeu onze B737-800 e deve devolver outros sete neste segundo semestre. Também o pedido de 47 Boeing 737-MAX que deveriam ser entregues entre 2020 e 2022 também foi cortado.
Segundo as expectativas, a Gol deve aumentar os voos em 290% a partir do terceiro trimestre, sendo um sinal claro da retomada dos negócios no país.